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A tecnologia avança em uma velocidade e a educação tradicional em outra.

 

Poucas instituições de ensino se preocupam com as profissões do futuro e com a necessidade de trazer o aluno para o novo mundo que o aguarda.

 

A uma porque o Estado não investe o que precisaria investir para mudar esta situação (não vamos entrar na polêmica do porquê o Estado nada faz ou pouco faz, a discussão aqui não é política).

 

A duas porque, infelizmente - e sem questionar a motivação -, a maioria das escolas privadas está perdendo a essência de instituição de ensino.

 

A três porque há uma enorme escassez de pessoas dispostas a enxergar o ensino como uma missão de vida, como um instrumento de modificação na vida das pessoas e que pode e deve gerar receita como consequência. A maioria das pessoas o vê como meio de sobrevivência, apenas.

 

Com esta “filosofia”, as escolas não investem o suficiente naquilo que de mais precioso existe neste momento de transição no mercado de trabalho: o professor.

 

Mas, vamos olhar para o outro lado da moeda.

 

Na contramão do sem número de novas faculdades espalhadas por este país de dimensões continentais, estamos nós, professores, que ainda apostamos numa forma de transferir conhecimento de maneira mais eficiente e eficaz, que queremos, de fato, fazer a diferença na vida do aluno.

 

Temos nas mãos as ferramentas e oportunidades para fazer o que a educação tradicional não faz: cursos envolventes, aulas agradáveis, sem deixar de lado a qualidade da informação transmitida e a sua finalidade prática na vida do nosso aluno.

 

Filosofar, refletir sobre os problemas da humanidade  e da educação é bom, necessário.

 

Mas, precisamos colocar a mão na massa.

 

O aluno de hoje, que literalmente pode acessar conteúdos na palma de sua mão, está carente de oportunidades para aprender algo que, realmente, modifique sua caminhada na vida (profissional e pessoal). 

 

E por que pessoal, também?

 

Porque o conhecimento, o aprendizado, qualquer que seja,  faz do ser humano outra pessoa no momento seguinte, e no momento seguinte... Nunca mais seremos o que fomos minutos atrás e é o conhecimento que tem este poder “mágico” de fazer com que nos encantemos por assuntos e temas que sequer imaginávamos existirem.

 

É exatamente este encantamento que pode fazer com que quem nos assiste descubra estradas inimagináveis, possibilidades inéditas, outras formas de caminhar.

 

Por isto e por tantos outros motivos devemos nos conscientizar que, mesmo com o ensino à distância, o professor jamais perderá a importância.

 

Falar com uma câmera e não olhando no olho do aluno não faz do professor um mero leitor de slides. Pelo contrário, o ensino à distância já está trazendo à tona todo o verdadeiro potencial escondido daquele que sempre primou por uma boa aula. 

 

E tudo isto adicionado a algo que não pode ser esquecido: a nova forma de ensinar e aprender -  o ensino à distância -, veio para ficar e de fato, fará com que o conteúdo chegue a pessoas e lugares que jamais poderiam ser beneficiados, não fosse a tecnologia.

 

Pensemos a respeito no momento de produzir conteúdo.

 

A estrada da vida é uma reta marcada de encruzilhadas.
Caminhos certos e errados, encontros e desencontros
do começo ao fim.
Feliz daquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina.” [1]  

 

Márcia Mendes

2020, janeiro.

 

[1] Cora Coralina, em “Ainda Aninha…”, no livro “Vintém de cobre: meias confissões de Aninha”. 6ª ed., São Paulo: Global Editora, 1997, p. 151.